8 raças de cães mais antigas do mundo
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Atualmente existem perto de 400 raças de cães e entre estas estão as 8 raças mais antigas do mundo. Sabe-se que a origem do cão remonta há pelo menos 36 mil anos, a partir da domesticação do lobo selvagem . No entanto, ainda não se estabeleceu um consenso geral quanto às raças originais de cães domesticados.
As raças de cães mais antigas e a sua evolução
Algumas das raças de cães mais antigas foram criadas para a proteção dos donos, outras para a caça e a agricultura, e ainda outras somente para fazer companhia aos humanos. Todos esses fatores, a par do processo de seleção natural, bem como das migrações e a colonização dos vários ambientes pelo Homem ao longo dos séculos, explica a evolução desta espécie que desde há muito nos tem acompanhado.
Vários estudos mencionam descobertas arqueológicas e reúnem bancos de dados (ADN, linhagem, comportamentos, origem do nome, etc.) para identificarem as raças de cães mais antigas e as que mais se assemelham ao lobo cinzento.
8. Chow Chow
Foi encontrado na China um artefacto da Dinastia de Han que retrata um cão semelhante ao Chow Chow a caçar. Acredita-se, por isso, que esta raça tenha surgido no período entre 150 a 200 a.C no Norte frio da China.
Conhecidos pelo porte peludo e a juba que lhes envolve a cabeça, no seu país de origem são chamadas de Songshi Quan, que significa “cachorro-leão peludo”. Diz-se terem sido usados para trabalho de campo até ao século VII, e, inclusive, como cães de luta.
Apesar do seu temperamento forte e natureza reservada, com o treino adequada (Saiba mais sobre ”As três grandes vantagens de treinar o seu cão” ) tornam-se em cães pacíficos e leais.
7. Shar Pei
Outra raça que foi rastreada até à China antiga. Os cães de raça Shar Pei são parentes muito próximos do Chow Chow. Com base em estatuetas de cerâmica chinesas, estima-se a origem deste cão desde 206 a.C.
O seu nome de origem traduz-se para “cão de areia” – referência às dobras e rugas na pele, que é uma das suas caraterísticas mais evidentes.
A raça quase foi extinta durante o governo de Mao Tsé-Tungn, e o primeiro cão chegou ao ocidente apenas em 1966. Apesar de rapidamente se ter espalhado pelo mundo, é uma raça rara nos dias hoje.
O Shar Pei é considerado um excelente cão de guarda, por ser afetuoso e protetor da sua família. No entanto, também teimoso sendo necessário treiná-lo e socializá-lo desde cedo.
6. Saluki
O Saluki entrou para o Guinness Book como uma das raças de cães mais antigas do mundo. Acredita-se que esta raça tenha vivido com os antigos egípcios por volta de 329 a.C.
Eram usados por tribos nómadas para caçar e criados pela sua velocidade, força e resistência. Em 1996, o Saluki também passou a constar no livro de recordes como o cão mais rápido do mundo.
A raça ainda hoje mantém o instinto de caça, e são conhecidos por perseguir esquilos, cabras, lontras, raposas, guaxinins, cobras e veados.
5. Samoiedo
Raça milenar com origem na Sibéria, foram treinados pela tribo Samoyed para caçar, guardar renas e puxar trenós.
Não se sabe a data exata da sua origem, mas estima-se que tenha sido há pelo menos mil anos antes de cristo, na altura da migração do povo samoyed.
Os cães foram trazidos pela primeira vez para Inglaterra em 1889, tendo um deles sido oferecido à Rainha Alexandra, que se dedicou ao desenvolvimento da raça.
O Samoiedo é uma das raças de cães mais antigas e um excelente animal de estimação para as famílias – inteligente, brincalhão e leal, só precisa de um pouco de paciência por parte do tutor na hora de ser ensinado.
4. Malamute do Alasca
O Malamute do Alasca é uma das raças de cães mais antigas do Ártico. Devido à sua força, foram no início usados para puxar trenós e caçar. O seu nome deriva da tribo Mahlemut, que os domesticou há mais de 3000 mil anos nas regiões geladas da América do Norte.
Atualmente a raça é ainda usada para transportar pessoas, mantimentos e objetos em trenós, realizando desportos de tração e fortalecendo o turismo. Os modernos Malamute do Alasca são também utilizados para operações de busca e salvamento.
Por ser um cão meigo e amar as pessoas no geral, é considerado um excelente companheiro para as famílias.
3. Galgo Afegão
Originário do atual Afeganistão, esta raça remete-nos para 8000 mil anos atrás, tendo sido encontrados desenhos dos antepassados destes galgos em Cavernas no Norte do Afeganistão e em papiros egípcios.
O Galgo Afegão tem um parentesco muito próximo com o Saluki e, assim como este, apresenta um instinto apurado de caça. É uma raça de prestígio e popular entre afegãos, dado ter sido essencial ao longo da sua História para a sobrevivência das populações locais naquela que é uma região caraterizada por montanhas e desertos estéreis.
Com um aspeto exótico – pelo longo e porte atlético – são cães independentes e que apreciam exercício físico.
2. Basenji
O Banseji é uma das poucas raças originárias de África. É também considerado uma das raças de cães mais antigas do mundo. Foi retratado em várias pinturas rupestres encontradas na Líbia da época 6000 a.C.
A raça é especialmente conhecida por não emitir latidos, mas, na verdade, eles não são completamente silenciosos. Quando querem chamar os donos, eles são capazes de rosnar, gemer e uivar.
Altamente energéticos e curiosos, os Bansejis requerem muito exercício, de outro modo poderão torna-se destrutivos.
1. Akita Inu
A data de origem do Akita Inu ainda é desconhecida, mas acredita-se que o seu ancestral, Matagi, tenha vivido entre 8.000 a.C e 200 a.C. no Japão. Isso torna-os na raça de cão mais antiga do mundo.
Popularizam-se no século XVII quando passaram a ser utilizados como cães de luta. Em 1937, Helen Keller, escritora americana, foi presenteada com as duas primeiras Akitas a entrar nos EUA. Hoje existem duas raças distintas de Akitas, a japonesa e a americana.
Raça calma e reservada, mas também corajosa e muito ligada à família. Não são, no entanto, recomendados para conviverem com crianças, uma vez que demonstram pouca paciência e descontração para lidar com os mais novos.